domingo, 29 de agosto de 2010

Turismólogo

"Profissional que estuda a ciência da turismologia; profissional especializado no estudo do turismo enquanto fato social"

O que é ser um Turismólogo?            Turismologia é a ciência que estuda os elementos turísticos e relaciona-os ao contexto social e econômico. Turismólogo é o profissional que observa, estuda e analisa os fenômenos turísticos em sua totalidade. O turismo é um fenômeno socioeconômico, cultural e político que promove o deslocamento de pessoas, por motivos variados. É esse profissional que fica responsável por elaborar as políticas de turismo e por planejar a organização do espaço a ser explorado, sempre levando em consideração todos os fatores culturais, físicos, socioeconômicos, para que esta exploração seja menos predatória possível. É o turismólogo quem planeja e coordena o tipo de turismo mais adequado à cada local, dependendo do público-alvo, das características da região e de outras informações coletadas através de pesquisas.
 Quais as características necessárias para ser um turismólogo?
Para ser um turismólogo é necessário que o profissional entenda da realidade socioeconômica de um país, e que domine conceitos de geografia que são dados durante o curso. Outras características interessantes são:
Disciplina, Responsabilidades, Agilidade, Visão de Projeto, Capacidade de Concentração, Capacidade de Observação, Metodologia, Dinamismo, Capacidade de interpretação de dados numéricos, Responsabilidade.

Qual a formação necessária para ser um turismólogo?
Para ser um turismólogo é necessário diploma de curso superior em Turismo. O curso de turismo visa formar um profissional completo, capaz de estabelecer relações entre todas as fases do processo turístico, que domine conhecimentos sobre geografia, cartografia, relações pessoais, hotelaria, formação do patrimônio histórico, sistemas de transportes, etc. Algumas matérias que fazem parte da grade curricular do curso são: política e administração, língua portuguesa, história e cultura da comunicação, metodologia da pesquisa em turismo, fundamentos geográficos do turismo, hotelaria, sociologia do lazer e do turismo, análise microeconômica do turismo, noções de direito e legislação, meio ambiente e patrimônio natural, entre outras.

Principais atividades O campo de trabalho para o turismólogo é muito amplo. Algumas das principais atividades desse profissional são:
Analisar as características da região
Realizar pesquisas de mercado para saber o interesse das pessoas, e relacionar o público- alvo de cada tipo de turismo
Elaborar a política de turismo de maneira consciente levando em conta todos os fatores ambientais, culturais, sociais, etc
Estabelecer planejamento turístico de uma região levando em conta os seus aspectos físicos e geográficos, o público-alvo, a infra-estrutura necessária, e muitos outros dados obtidos através de observação e pesquisa
Gerenciar a construção da infra-estrutura necessária
Realizar estudos sobre a legislação turística
Planejar eventos turísticos
Planeja desenvolvimento de projetos turísticos, procura parceiros e patrocinadores
Pode trabalhar em qualquer parte do gerenciamento de estabelecimentos hoteleiros, ou seja, com a administração, organização, técnicas operacionais, gerenciamento de funcionários, etc.

Áreas de atuação e especialidades
O turismo é um fenômeno social, econômico e político que gera o movimento de pessoas. Esse movimento pode ser relacionado ao lazer, aos negócios, à medicina, à religião, etc. Alguns tipos de turismo são:

Turismo de lazer ou de massa: voltado para o lazer e divertimento das pessoas, é mais convencional, passivo e sazonal. No Brasil, esse tipo de turismo ocorre muito em direção do Nordeste e dos balneários mais conhecidos
Turismo ecológico: ou ecoturismo, voltado para a apreciação dos ecossistemas no estado natural e das populações nativas. Alguns exemplos no Brasil são: Bonito (MS), Chapada dos Veadeiros (GO), Brotas (SP), Angra dos Reis e Ilha Grande (RJ)
Agro turismo: turismo praticado no meio rural, geralmente está ligado à atividades como a agricultura, agro ecologia, ecoturismo e educação ambiental
Turismo religioso: turismo motivado pela fé e está intimamente ligado com o calendário religioso. É exemplo de turismo religioso a cidade de Aparecida (SP)
Turismo cultural: turismo movimentado por encontros artísticos, científicos, de formação ou informação
Turismo de negócios: é o turismo movimentado pelo profissionalismo e pelos negócios. No Brasil, um foco de atração de turistas pelo trabalho é a cidade de São Paulo
Turismo medicinal: é movimentada por motivos médicos e tratamentos. São exemplos desse tipo de turismo: Águas de São Pedro (SP) e Poços de Caldas (MG)

Mercado de trabalho
O mercado de trabalho para o turismólogo é muito amplo, pois existem, no Brasil, muitos lugares que movimentam o turismo, em várias modalidades. Para que o profissional se destaque no trabalho, é muito interessante que ele se atualize constantemente por meio de cursos e especializações. O domínio sobre o inglês ou outro idioma estrangeiro é imprescindível.

Curiosidades
O turismo surgiu no século XIX como um deslocamento, cuja finalidade principal era o ócio, o descanso, os negócios, a cultura, a saúde, etc. Não obstante, o turismo tem antecedentes. Na Idade Antiga, na Grécia, dava-se grande importância ao tempo que se dedicava à cultura. Exemplos mais comuns de "turismo" nessa época eram os deslocamentos para assistir as olimpíadas e as peregrinações religiosas. Já em Roma, as formas de lazer mais comuns eram as termas (banhos públicos) e os grandes espetáculos. Os romanos realizavam habituais deslocamentos á costa, devido à prosperidade econômica e ao tempo livre (Pax Romana, período de paz depois da expansão territorial). Durante a Idade Média, o turismo retrocedeu, devido às sucessivas crises, à peste negra e às guerras. As Cruzadas e os deslocamentos islâmicos são os maiores exemplos de "turismo" da época. É na Idade Moderna que surgem os primeiros alojamentos com nome de hotéis, e o "turismo" começa a ganhar uma forma mais concisa, torna-se cada vez mais comum que os jovens abastados fossem estudar no exterior e que fizessem um "tour" depois do término dos estudos, principalmente pela Europa. O turismo médico também começou a surgir nessa época, inclusive porque os benefícios dos banhos de lama foram descobertos. Com a consolidação da burguesia na Idade Moderna, o turismo ganhou as características básicas atuais e se desenvolveu muito.

O termo turismólogo surgiu só no início dos anos 70, para normatizar a categoria de profissionais, que já demonstrava imenso potencial de crescimento



sábado, 28 de agosto de 2010

A História do Queijo

A arte da fabricação de queijos tem seu início perdido num passado remotíssimo, nada menos do que há 12 mil anos antes do nascimento de Cristo, num período conhecido como paleolítico superior. Segundo a lenda, o queijo teria sido descoberto por um dos filhos de Apolo, Aristeu, Rei da Arcádia.

O queijo primitivo era apenas o leite coagulado, desprovido de soro e salgado. A partir da Idade Média, a fabricação de queijos finos ficaria restrita aos mosteiros católicos, com novas receitas desenvolvidas por seus monges. A técnica de produção queijeira modernizou-se no decorrer do tempo. Utilizam-se, em alguns queijos, esporos de fungos n' água e adicionados ao leite.

Os egípcios estão entre os primeiros povos que cuidaram do gado e tiveram, no leite e no queijo, fonte importante de sua alimentação. Isso foi possível porque o fértil vale do Nilo possuía pastagens cheias de gado. Tão importante era o bovino para os egípcios que a simbologia desse povo eternizou sua importância colocando chifres de vaca sobre a cabeça da deusa Hathor. Queijos feitos de leite de vaca, de cabra e de ovelha também foram encontrados em muitas tumbas egípcias.

Passagens bíblicas registram o queijo como um dos alimentos da época. Na Europa, os gregos foram os primeiros a adotá-lo em seus cardápios, feito exclusivamente com leite de cabras e de ovelhas, animais que criavam. Entretanto, os romanos foram os responsáveis pela maior divulgação dos queijos pelo mundo. Na expansão de seu Império eles levaram vários tipos à Roma. Elevaram o nível do queijo, transformando-o de simples alimento para uma iguaria indispensável nas refeições dos nobres e em grandes banquetes imperiais. Os romanos apreciavam o queijo, do qual fabricavam inúmeras variedades e cujas virtudes conheciam, pois o utilizavam na alimentação dos soldados e atletas.
Com uma relação profunda com a mitologia e as divindades, o leite e o queijo tiveram maior abrangência na antiga Suméria, passando pelas civilizações Babilônicas e Hebraicas, e acabando na Antiga Grécia e na civilização romana. Na Idade Média os queijos atingiram um dos pontos mais altos no que se refere à higiene. Certas ordens religiosas ganharam reputação por causa da qualidade dos seus queijos, devido às rígidas regras de higiene em sua manufatura. Tanto que o nome queijo deriva do termo medieval formatium, ou “queijo colocado na forma”.

Com o advento das feiras e mercados nos séculos XIV e XV, algumas queijarias de regiões remotas ficaram mais visadas. No século XIX aconteceu o grande boom no consumo do queijo, afinal, a sua produção que era artesanal passou para a ordem industrial. Paralelamente, um fato também encorpou essa virada: a pasteurização.

Ao longo dos tempos, o queijo evoluiu até os que conhecemos hoje. E se tornou um produto de consumo de eleição com apreciadores espalhados pelos quatro cantos do mundo. Esse alimento nada mais é do que um derivado do leite concentrado através da coagulação e da eliminação da parte líquida (soro). Esses processos de coagulação e de eliminação do soro se convertem, assim, nas fases que caracterizam a produção de todas as variedades de queijo.

Classificação dos Queijos

Definição
Entende-se por queijo o produto fresco ou maturado que se obtém por separação parcial do soro do leite ou leite reconstituído (integral, parcial ou totalmente desnatado), ou de soros lácteos, coagulados pela ação física do coalho, de enzimas especificas, de bactéria específica, de ácidos orgânicos, isolados ou combinados, todos de qualidade apta para uso alimentar, com ou sem agregação de substâncias alimentícias e/ou especiarias e/ou condimentos, aditivos especificamente indicados, substâncias aromatizantes e matérias corantes.

Queijo fresco
Queijo fresco o que está pronto para consumo logo após sua fabricação.

Queijo maturado
Queijo maturado o que sofreu as trocas bioquímicas e físicas necessárias e características da variedade do queijo.
A denominação QUEIJO está reservada aos produtos em que a base láctea não contenha gordura e/ou proteínas de origem não láctea.

Classificação
A seguinte classificação se aplicará a todos os queijos e não impede ao fabricante de denominações e requisitos mais específicos, característicos de cada variedade de queijo que aparecerá nos padrões individuais.

Quanto ao conteúdo de matéria gorda (gordura) no extrato seco:
Extra Gordo ou Duplo Creme: quando contenham o mínimo de 60%.
Gordo: quando contenham entre 45,0 e 59,9%.
Semi-gordo: quando contenham entre 25,0 e 44,9%.
Magros: quando contenham entre 10,0 e 24,9%.
Desnatados: quando contenham menos de 10,0%.

Quanto ao conteúdo de umidade

Queijo de baixa umidade (geralmente conhecidos como queijo de massa dura): umidade de até 35,9% (queijo parmesão, grana).
Queijos de média umidade (geralmente conhecidos como queijo de massa semidura): umidade entre 36,0 e 45,9%(queijo prato).
Queijos de alta umidade (geralmente conhecido como de massa branda ou "macios"): umidade entre 46,0 e 54,9%(queijo minas padronizado).
Queijos de muita alta umidade (geralmente conhecidos como de massa branda ou "mole"): umidade não inferior a 55,0% (queijo cottage, frescal).

Quando submetidos ou não a tratamento térmico logo após a fermentação, os queijos de muita alta umidade se classificarão em:
• Queijos de muita alta umidade tratados termicamente.
• Queijos de muita alta umidade.

Os Segredos do Azeite

O azeite dá sabor, aroma e cor. Melhora as texturas. Versátil como poucos ingredientes culinários, ele integra os alimentos, personaliza e identifica um prato. O bom e velho azeite de oliva faz parte dos hábitos das regiões mediterrâneas e está presente em boa parte de nossa história.


Você conhece aquele ditado popular que diz: "A melhor cozinha é a azeiteira", Não? Pois bem, o azeite de oliva produto tradicional que confere gosto e aroma únicos à alimentação, é a gordura mais saudável de que se tem notícia se não alterada sua temperatura. O azeite de oliva virgem e extra virgem deve ser consumido cru. Para alterar a temperatura utilize o azeite de oliva refinado ou um óleo como o de canola. O óleo que agüenta maiores temperaturas ainda é o óleo de soja.

A palavra azeite vem do árabe Az + zait e quer dizer sumo de azeitona. Ele está presente em inúmeros mitos e lendas, principalmente das eras Egípcia, Grega e Romana. O azeite de oliva é um óleo vegetal extraído da azeitona, fruto de uma árvore de porte médio de várias ramas e troncos retorcidos muito resistentes e com raízes que podem atingir seis metros, conhecida como oliveira (olea europea). Também chamada de "árvore da eternidade", pois pode viver mais de 500 anos, foi introduzida nas regiões do mediterrâneo por fenícios e sírios, nos primórdios da civilização. Ela foi cultivada pela primeira vez há mais de 5.000 anos, na região onde se encontram atualmente a Síria, o Líbano, a Palestina e Israel. Foram achadas em camadas que correspondem ao início da Idade do Bronze - com vestígios de instalações que serviam para a produção de azeite, além de inúmeros fragmentos de grandes potes destinados a guardar este precioso líquido.

Porém, há indícios que os egípcios usavam o azeite há 6.000 anos! A seleção das azeitonas, a separação de ramos e impurezas são tarefas importantes. Os demais azeites são extraídos de um grão, uma semente ou noz.

Desde a Síria, o cultivo dos campos de oliva se estendeu e com decorrer dos tempos os gregos foram os primeiros a exportar o azeite. A bacia do Mediterrâneo apresenta os níveis mais elevados de produção e consumo de azeite. Não é à toa que no ano passado, o Brasil importou cerca de 30 mil toneladas. A Grécia é o maior consumidor per capita (19 litros) e os espanhóis lideram a produção com mais de 600 mil toneladas anuais.

Dieta mediterrânea

Quer numa cozinha tradicional, quer na mais sofisticada, o fundamental é escolher um azeite de qualidade. Utilizado em cru (como tempero), em comidas (como ingrediente), bem quente (como meio de cozedura) ou a frio (como agente conservador de enchidos e queijos), o azeite marca presença na cozinha, não conhecendo limites nos doces e salgados. Ele pode acompanhar tanto saladas quanto massas, além de integrar no preparo de maioneses, frituras, pães, torradas... hum.


O resultado de pesquisas realizadas em todo o mundo tem apontado para os benefícios do azeite de oliva na dieta que se convencionou chamar de Dieta mediterrânea constituída ainda por peixes, frutas, legumes, massas e vinho. Rico em vitamina E, ácidos gordos monoinsaturados, o azeite favorece a mineralização óssea, combate o envelhecimento dos tecidos e órgãos em geral, contribui para o bom funcionamento da vesícula biliar e o restante do aparelho digestivo. Ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e diabetes. Na pele tem efeito protetor da epiderme. Quando o azeite é extra virgem, os seus benefícios para a saúde são imensos: pode-se prevenir doenças coronarianas, câncer, principalmente de intestino e mama e o envelhecimento.

Acidez

Os melhores azeites são aqueles que têm no máximo 1% de acidez. Já aqueles com mais de 3,3% precisam ser refinados e submetidos a tratamentos químicos, antes de ser comercializados. O Azeite de oliva virgem é o azeite de baixa acidez, extraído da azeitona madura, somente por processos mecânicos, isto é, para sua obtenção não é usado nenhum processo térmico ou químico.

Podendo ser submetido apenas aos tratamentos de lavagem, decantação, centrifugação e filtração. O fator mais importante na determinação da qualidade do azeite de oliva virgem é a baixa acidez.


Para garantir o sabor, aroma e qualidade do azeite, é necessário mantê-lo em temperatura constante. Evite que a lata ou a garrafa fique aberta em ambiente claro e de alta temperatura. Guarde o azeite usado em frituras em recipiente esmaltado ou inoxidável, pois assim você estará protegendo da oxidação. Lembre-se de proteger o azeite da luz, principalmente se a embalagem for de vidro.

O melhor local para guardá-lo é em armários fechados. Dica: Ao comprar o azeite, lembre-se também de fazer a escolha de acordo com a utilização pretendida. Do mesmo modo que se escolhe um bom vinho para cada prato, também o azeite será diferente no alimento e a comida a preparar. Bom apetite!